quinta-feira, 3 de março de 2016

to pen

Fiquei sem internet um par de dias.
Aliás, fiquei sem celular também.
Perdi o aparelho. Assim, de besta, à toice.
Agonia, certo desespero, angústia, chateação.
Quando nada está bem pode ficar pior.
Antes de dormir, aceitei que estou em vida e em carne.
E apenas isso deve me bastar.
Nasci sem o que tenho. Apenas com o que sou.
Viver então é escolher o penar ou o pensar.
Acordei durante madrugada ainda indignado com tamanha displicência.
Custei a dormir. Haveria muito o que recuperar no dia seguinte.
Mas tudo estava ali.
Eu estava ali.
O mundo estava lá.
Nada parou. O que mudou?
Mudou que hoje perco menos tempo no problema.
Que ganho mais felicidade focando na solução.
Que a vida é a combinação da sorte com esforço.
Que as adversidades sempre haverão.
Cabe apenas escolher: penar ou pensar.
Sofrimento não paira mais por aqui.
Uma pena.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Carlado

Carlado é um termo novo. Acaba de ser inventado.
Usado quando alguém precisa se calar, mas não consegue.
Carlado também pode ser expresso como um efeito de uma droga de longa duração.
Uma sensação de encarlacimento, uma euforia, uma onda toma conta.
Não dá pra segurar.
Estou carlado há muito tempo.
Hora de falar.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Caudalosa

E de tanto querer desejo se real.
Era tudo tanto, dentro e distante.
Não sabíamos nem portanto poderíamos.
Veio como um download de uma vez.
3 dias.
E meio parei. Pouco liguei mas liguei,
Já sabia.
O plano ainda começava.
E era tudo assim.
A sua alma no seu pote, potira, é vida.
Que cruza e sempre vezes mais vida.
Todas somos a mesma.
Não há nada fora do lugar.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Título sem ponto

9 meses para um oi.
2 meses para um tchau.
tudo que sonhava realizou ali.
enquanto dormíamos todos os dias.
um dia ela me abriu os olhos.
quando acordei, era tarde demais.
antes contava as horas para vê-la.
depois precisei contar com a sorte.
ela me abraçou; a sorte.
mas ela sempre me abraçou; a sorte.
um dia a sorte me fez visita em um cartão.
e me abraçou; foi forte.
a esperança, tão fria e verde,
não deixou sequer uma carta.
mas deixou seu legado.
amadureci.
tenho vergonha dos erros infantis que cometi.
enrubesci.
mas sinto falta da sua alvura.
teus cabelos pretos.
tua boca vermelha com sorriso tão sapeca.
peço a Deus um dia trazer alguém assim pra mim.
te amei demais. tanto.
hoje lúcido sei que não passou.
a vida passa.
minha sorte me trouxe outros sonhos.
dourados.
mas meu sorriso era o seu, de levada.
levou meu sorriso.
traz de volta?
se não volta,
serei perfeito na próxima vida.
tudo aqui  em são paulo é bueno.
já não basta ter sido meu mundo?
tem que ser as ruas por onde ando?
J
se vai casar, boa sorte.
que haja paz e felicidade.
o amor não sei o que é.
demorei muito tempo para me conhecer.
32 anos.
e se demoro para te esquecer.
não é porque não quero.
é porque espero.

sem expectativa.
talvez a mim mesmo.
me espero terminar aquele último abraço que te dei.
porque demorei pra entender que ainda estou lá chorando.
acreditando.
se era amor patológico ou sei lá o que.
pode ter sido. mas foi de verdade.
E essa é a verdade que você precisa saber.
estou aqui pra provar a não sei quem e nem o que.
saí bh porque não dava mais te desejar com tanta vontade pela janela.
de te ver tão linda e engraçada
ao se esconder atrás da pilastra pra não me ver.
kkkk
não sou bicho, lindeza.
sou de coração puro. E você sabe disso.
não to aquela delícia toda que fui.
nesses últimos anos resolvi apenas trabalhar.
Focar em mim.
foquei tanto que minhas vistas turvam com as lágrimas.
saudade da família, de casa, dos amigos, de mim.
e de você.
saudade de pelo menos te ver.
eu amava te ver.
queria ver como você está.
tem hora que fico namorando suas fotos.
e pensando pra mim “como eu pude ser imbecil de perder essa mulher?”

tem uma mina aqui do trampo que parece muito contigo.
acho que ela ta solteira.
eu pirei nela. Mas só porque ela é você. Kkkk
lógico que não vou deixar ela saber disso.
mas vou lá tentar a sorte.
vai que era pra ser assim.
enfim. Espero que tenha gostado da leitura.
beijos. Se cuida. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Batalhador


Lá se vai ele, o amigo matuto com suas raízes
Raízes tão fortes que cada revés da vida não foi capaz de arrancar
A extensão delas é definida pela sua força de vontade.

Vontade de esforço sobre-humano, muitas vezes, sobrenatural
História traçada com suor, riso e talento. 
Talento que traça suas linhas e vai escrevendo um novo dia a cada novo passo.

Caminha amigo. Não, corre!
A vida te abriu um novo desfecho.
Vá com Deus e com Ele, escreva seus finais.


Para o amigo Lauro.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

E agora, quem poderá me defender?



Cá estou, desarmado. Sem escudo, numa loucura suicida. Tem hora que é preciso enfrentar a tempestade. Reza a lenda que o cavaleiro fica mais forte quando se propõe a uma batalha sem armas. Não que isso ajude, mas acalma ao trazer compreensão. Em vez de escrever tanta asneira, vou arriscar uma transcrição. Traduzir a língua indecifrável que insiste em gritar. Perdão se isso não é uma poesia. É uma tentativa de organizar as ideias e libertar borboletas do estômago. Ou convencer as lagartas indecisas em seus casulos. Ah, tentação... Minha boquinha, meu rock. Meu lado da guerra. Só não sei qual: se é A ou B. Pode ser qualquer um. Em mim você ganhou o lado de dentro. E to tentando te mostrar como é por lá. Não tem mar, não. Mas é muito bão. Pronto! Se faltava rima, agora me falta o remo.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Uma e basta.


Apenas um segundo. Um absurdo. Uma covardia. Uma baita sacanagem. Uma afronta. Uma surra. Um tapa na cara. Uma destruição. Uma devastação. Um rompante. Uma tempestade. Um abismo. Um estrondo. Um susto. Uma bomba atômica. Uma queda d´água. Um chute no saco. Um soco nos dentes. Um murro no esôfago. Uma revolta. Uma imposição. Uma soberania. Uma tirania. Um reinado. Uma rainha. Uma mulher.